26/10/2012 - Valor Econômico
A Empresa de Planejamento Logístico espera concluir até o fim do mês a análise das quase duzentas contribuições feitas em audiência pública ao projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. O passo seguinte será encaminhar o edital de licitação pública ao governo para que seja aprovado e divulgado. A expectativa é que o processo seja concluído até o fim de novembro. O leilão da primeira etapa do projeto deve ser realizado seis meses depois. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) chegou a anunciar a data de 29 de maio de 2013.
"Se houver atraso vai haver descolamento na data final do leilão, mas se houver atraso será coisa pequena", disse o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.
Pelo menos cinco grandes empresas já manifestaram interesse em participar da primeira etapa da implantação do trem-bala brasileiro. Na semana passada, Figueiredo teve encontro com representantes da Alstom Brasil, braço nacional do grupo francês GEC Alstom, que atua na área de infraestrutura de energia e transporte, mas não quis detalhar o resultado. Siemens, Mitsui Brasil, Caf e Talgo também teriam demonstrado interesse no processo.
"Os representantes dessas empresas não só confirmaram interesse como se manifestaram na audiência pública com sugestões para aumentar a atratividade do projeto. Continuamos conversando com todo mundo. Já fizemos uma rodada de conversas, mas não há nenhum novo encontro previsto."
A Alstom Brasil, que atua no país há 55 anos e foi a fornecedora de 96 carros para a Linha 2 do Metrô de São Paulo, confirma a participação no processo. "A Alstom tem a intenção de seguir na sua parceria com a operadora francesa SNCF e, nesse âmbito, Alstom e SNCF reafirmam o interesse no projeto e vão continuar discutindo isso com todas as partes interessadas, utilizando os seus conhecimentos a fim de ajudar a trazer a tecnologia de trens de alta velocidade para o Brasil", informa nota da empresa.
A Talgo, fabricante espanhola de trens de alta velocidade, também manifestou interesse em participar ainda no ano passado. Embora tenha escritórios na Alemanha, EUA, Cazaquistão e Bósnia, é a sede da empresa, na Espanha, onde são fabricados os trens de alta velocidade usados na linha que liga Madri a Sevilha, que cuida do projeto do trem bala brasileiro. Executivos da Siemens, que forneceu equipamentos para o trem-bala Madri-Barcelona, manifestaram em maio o interesse da empresa em participar do projeto brasileiro. Em setembro, a espanhola CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), que fez a modernização de 354 trens da Rio Trens, anunciou a formação de um consórcio com a também espanhola Renfe para disputar a primeira fase do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Alguns especialistas têm criticado a viabilidade do projeto. O trem-bala, indicado para distâncias médias entre cidades de grande concentração populacional, custaria muito caro ao Brasil e provavelmente teria que ter a passagem subsidiada pelo governo. Na Espanha, que tem população de 45 milhões de pessoas, mas recebe 40 milhões de turistas por ano, a ligação Madri-Barcelona é deficitária. "O trem-bala brasileiro dificilmente ficaria pronto no prazo de seis anos. Está se tentando dar o pulo de um calhambeque para uma Ferrari, quando um trem com velocidade menor ficaria mais barato", diz Flávio Zambelli Cerquinho, professor da ISE Business School.
O trem de alta velocidade consiste em uma linha de 510 km entre as duas capitais. De São Paulo sairia uma segunda linha de 97 quilômetros até Campinas. O custo da obra é estimado em R$ 33,3 bilhões. Ele transportaria cerca de 33 milhões de pessoas no primeiro ano de operação.
A Empresa de Planejamento Logístico espera concluir até o fim do mês a análise das quase duzentas contribuições feitas em audiência pública ao projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. O passo seguinte será encaminhar o edital de licitação pública ao governo para que seja aprovado e divulgado. A expectativa é que o processo seja concluído até o fim de novembro. O leilão da primeira etapa do projeto deve ser realizado seis meses depois. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) chegou a anunciar a data de 29 de maio de 2013.
"Se houver atraso vai haver descolamento na data final do leilão, mas se houver atraso será coisa pequena", disse o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo.
Pelo menos cinco grandes empresas já manifestaram interesse em participar da primeira etapa da implantação do trem-bala brasileiro. Na semana passada, Figueiredo teve encontro com representantes da Alstom Brasil, braço nacional do grupo francês GEC Alstom, que atua na área de infraestrutura de energia e transporte, mas não quis detalhar o resultado. Siemens, Mitsui Brasil, Caf e Talgo também teriam demonstrado interesse no processo.
"Os representantes dessas empresas não só confirmaram interesse como se manifestaram na audiência pública com sugestões para aumentar a atratividade do projeto. Continuamos conversando com todo mundo. Já fizemos uma rodada de conversas, mas não há nenhum novo encontro previsto."
A Alstom Brasil, que atua no país há 55 anos e foi a fornecedora de 96 carros para a Linha 2 do Metrô de São Paulo, confirma a participação no processo. "A Alstom tem a intenção de seguir na sua parceria com a operadora francesa SNCF e, nesse âmbito, Alstom e SNCF reafirmam o interesse no projeto e vão continuar discutindo isso com todas as partes interessadas, utilizando os seus conhecimentos a fim de ajudar a trazer a tecnologia de trens de alta velocidade para o Brasil", informa nota da empresa.
A Talgo, fabricante espanhola de trens de alta velocidade, também manifestou interesse em participar ainda no ano passado. Embora tenha escritórios na Alemanha, EUA, Cazaquistão e Bósnia, é a sede da empresa, na Espanha, onde são fabricados os trens de alta velocidade usados na linha que liga Madri a Sevilha, que cuida do projeto do trem bala brasileiro. Executivos da Siemens, que forneceu equipamentos para o trem-bala Madri-Barcelona, manifestaram em maio o interesse da empresa em participar do projeto brasileiro. Em setembro, a espanhola CAF (Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles), que fez a modernização de 354 trens da Rio Trens, anunciou a formação de um consórcio com a também espanhola Renfe para disputar a primeira fase do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Alguns especialistas têm criticado a viabilidade do projeto. O trem-bala, indicado para distâncias médias entre cidades de grande concentração populacional, custaria muito caro ao Brasil e provavelmente teria que ter a passagem subsidiada pelo governo. Na Espanha, que tem população de 45 milhões de pessoas, mas recebe 40 milhões de turistas por ano, a ligação Madri-Barcelona é deficitária. "O trem-bala brasileiro dificilmente ficaria pronto no prazo de seis anos. Está se tentando dar o pulo de um calhambeque para uma Ferrari, quando um trem com velocidade menor ficaria mais barato", diz Flávio Zambelli Cerquinho, professor da ISE Business School.
O trem de alta velocidade consiste em uma linha de 510 km entre as duas capitais. De São Paulo sairia uma segunda linha de 97 quilômetros até Campinas. O custo da obra é estimado em R$ 33,3 bilhões. Ele transportaria cerca de 33 milhões de pessoas no primeiro ano de operação.
Postar um comentário
Postar um comentário