26/11/2012 - Valor Econômico
Arte: Valor Econômico
A prefeitura de Guarulhos tenta viabilizar projeto de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para melhorar o transporte público da cidade, que movimenta cerca de 490 mil pessoas por dia e é realizado unicamente por ônibus. Com 1,2 milhão de habitantes - 11ª maior população no país -, a cidade vive há anos a promessa de ser incluída nos projetos de metrô e trem do governo do Estado. Os projetos, no entanto, preveem um trem até o Aeroporto de Cumbica, sem passar por bairros populosos ou pelo centro, e um metrô até a rodovia Dutra, que não chegaria aos limites do município, e entraria em operação apenas em 2018.
Com a falta de transporte sobre trilhos e sem perspectivas de projetos que atendam a população, a prefeitura encomendou estudos para a construção de um trem que corte a cidade. O VLT teria 12 quilômetros de extensão, ligando a Avenida Timóteo Penteado, próximo à divisa com o Tucuruvi, na região norte de São Paulo, até a rodovia Hélio Smidt, no aeroporto de Cumbica, passando pelo centro.
O projeto custaria R$ 1,2 bilhão e ainda não possui financiador. Entre as possibilidades estão uma Parceria Público-Privada (PPP), investimento do governo do Estado ou financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou de organismos internacionais. "Vamos buscar financiamento. Precisamos da parceria de outros entes federativos ou da iniciativa privada, só a prefeitura não tem recurso", diz o secretário de Transportes e Trânsito de Guarulhos, Atílio Pereira.
Após o estudo de viabilidade econômica, a prefeitura de Guarulhos vai encomendar o projeto básico, mas ainda não estabeleceu prazos para execução da obra. A Secretaria do Estado de Transportes Metropolitanos, por sua vez, informa que não conhece oficialmente o projeto, mas tem disposição em cooperar com a construção do VLT na cidade.
O trem ainda pode ganhar extensões, podendo chegar ao Metrô Tucuruvi, na Linha 1-Azul. Quando essa linha de metrô foi projetada na década de 1970, foi estudada a extensão até Guarulhos, mas na época não houve viabilidade técnico-financeira para a obra.
De acordo com o projeto do VLT, cada trem tem capacidade para transportar 400 pessoas, o mesmo que 177 automóveis ou três ônibus. Guarulhos possui cerca de 530 mil veículos e a frota do transporte coletivo chega a 922 ônibus e microônibus internos. Há ainda outros 536 ônibus intermunicipais que seguem para São Paulo, Poá e Itaquaquecetuba. Além dos ônibus, a cidade conta ainda com cerca de 200 vans clandestinas que operam sob liminar da Justiça. "Só os ônibus não dão mais conta do transporte da cidade. Estamos como mineiros, aceitamos qualquer trem", diz o secretário de Transportes de Guarulhos.
Além do VLT, a cidade possui outros dois projetos de trens que se conectariam no aeroporto de Cumbica. O aeroporto é o destino da futura linha de trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do trem-bala. O projeto da CPTM prevê uma linha chamada de 13-Jade, de 11,5 quilômetros até a estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo. O investimento para a construção da linha está estimado em cerca de R$ 1,2 bilhão. "Gostaríamos que esse trem fosse até o bairro São João, que fica atrás do aeroporto e é uma das áreas mais populosas da cidade.
Dessa forma, atenderia não só o aeroporto, mas também a demanda interna, mas para isso precisa de vontade política", diz Atílio Pereira. Caso haja conexão entre o VLT, projetado pela prefeitura de Guarulhos, e o trem da CPTM, a demanda do VLT passaria de 40 mil para 60 mil passageiros por dia.
As obras da Linha 13-Jade estão previstas para começar em fevereiro de 2013 e levarão de 18 a 24 meses. Hoje o projeto está em fase de estudo e um dos entraves é o local da estação no aeroporto. O governo do Estado quer que o desembarque de passageiros seja próximo aos terminais 1 e 2, os mais movimentados e que darão acesso ao 3 que está em construção. A concessionária Aeroporto de Guarulhos, que assumiu a administração do aeroporto, prevê a estação próximo ao terminal 4, distante dois quilômetros dos demais, e se compromete em construir um monotrilho interno para ligar os terminais à futura estação, onde poderia haver conexão entre os três trens planejados.
O trem de alta velocidade que vai ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro tem estações previstas no aeroporto de Guarulhos e na região central de São Paulo. O custo do projeto é de R$ 35 bilhões e a previsão é de que fique pronto em 2018.
Já o prolongamento da Linha 2 - Verde do Metrô de São Paulo, entre a Vila Prudente e a rodovia Presidente Dutra chega próximo à divisa municipal com Guarulhos, mas não atende diretamente a cidade. O trecho terá 13,5 quilômetros de extensão e as obras, segundo o governo do Estado, começam em 2013 e devem ser concluídas em 2018, com custo de R$ 7,7 bilhões.
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A ligação ferroviária para trens de passageiros Guarulhos (Cumbica) ABC (Santo André)
Entendo ser uma melhor opção a ser planejada é a ligação desta futura linha 13-Jade com a região do ABC, mais precisamente com a Linha 10-Turquesa no município de Santo André.
Dentre as propostas apresentadas, entendo ser a do prolongamento da Linha 1-Azul do Metrô partindo do Tucuruvi, a mais sensata, porém não é a que esta sendo feita, outra opção teria como destino, no mínimo até o Brás, que também não será feita, com esta opção da nova Linha 13-Jade chegando até engº Goulart com transbordo obrigatório para a Linha 12-Safira que já se encontra ultra saturada.
Devemos ficar vigilantes, e que a ligação até esta estação seja só uma primeira etapa, e que no mínimo seja feita utilizando bitola de 1,6 m e a largura padronizada dos carros de 3,15 m iguais aos existentes, permitindo a interpenetração, pois nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão "planejando" outros inúmeros transbordos na nova estação Tamanduateí com as linhas 10-Turquesa, 2-Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso Ipiranga Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz, e não satisfeitos, já prevendo a expansão em linha reta em monotrilho, é assim nas linhas 2-Verde na estação Vila Prudente com a futura ligação com a 5-Lilás na estação Chácara Klabin e com a linha 1-Azul na estação Santa Cruz, e o projeto da futura linha 6-Laranja com transbordo obrigatório entre Metrô e Monotrilho caso os usuários desejem prosseguir viagem, fazendo que tenham que fazer múltiplos transbordos provocando enorme desconforto.
Em uma concorrência governamental recente da CPTM-SP, os valores cotados pelas montadoras, foi ~ 80% superior aos praticados pela indústria chinesa e em relação ao fornecimento recente para a SUPERVIA-RJ e as carruagens já vieram na bitola de 1,6 m e na largura de ~3,15 m, com ar condicionado e circuito interno de TV, e sem a necessidade de se adaptar estribos nas portas (gambiarra) para compensar o vão com a plataforma, ou seja exatamente conforme as condições brasileiras, sepultando os argumentos de custo menor dos defensores deste padrão europeu com carruagem de 2,9 m e bitola de 1,43 m.
A ligação ferroviária para trens de passageiros Guarulhos (Cumbica) ABC (Santo André).
Entendo ser uma melhor opção a ser planejada é a ligação desta futura linha 13-Jade com a região do ABC, mais precisamente com a Linha 10-Turquesa no município de Santo André.
Portanto concordo com as críticas da professora urbanista Raquel Rolnik a respeito da superposição de traçado (ferrovias paralelas) entre TAV, Expresso Aeroporto e Trem para Guarulhos.
Dentre as propostas apresentadas, entendo ser a do prolongamento da Linha 1-Azul do Metrô partindo do Tucuruvi, a mais sensata, porém não é a que será feita, outra opção teria como destino, no mínimo até a Barra Funda utilizando composições de dois andares (double decker), que também não será feita, com esta opção da nova Linha 13-Jade chegando até engº Goulart com transbordo obrigatório para a sobrelotada Linha 12-Safira (Imagine a cena, que situação humilhante e vexaminosa) .
Devemos ficar vigilantes, e que a ligação até esta estação seja só uma primeira etapa, e que no mínimo seja feita utilizando bitola de 1,6 m e a largura padronizada dos carros de 3,15 m iguais aos existentes, permitindo a interpenetração, pois nem conseguiram acabar com o caos da estação da Luz, e já estão "planejando" outros inúmeros transbordos na nova estação Tamanduateí com as linhas 10-Turquesa, 2-Verde, e os monotrilhos Expresso ABC e Expresso Ipiranga Tiradentes, com um agravante, de que as plataformas da estação Tamanduateí são mais estreitas que a Luz, e não satisfeitos, já prevendo a expansão em linha reta em monotrilho, é assim nas linhas 2-Verde na estação Vila Prudente com a futura ligação com a 5-Lilás na estação Chácara Klabin e com a linha 1-Azul na estação Santa Cruz, e o projeto da futura linha 6-Laranja com transbordo obrigatório entre Metrô e Monotrilho caso os usuários desejem prosseguir viagem, fazendo que tenham que fazer múltiplos transbordos provocando enorme desconforto.
Em uma concorrência governamental recente da CPTM-SP, os valores cotados pelas montadoras, foi ~ 80% superior aos praticados pela indústria chinesa e em relação ao fornecimento recente para a SUPERVIA-RJ e as carruagens já vieram na bitola de 1,6 m e na largura de ~3,15 m, com ar condicionado e circuito interno de TV, e sem a necessidade de se adaptar estribos nas portas (gambiarra) para compensar o vão com a plataforma, ou seja exatamente conforme as condições brasileiras, sepultando os argumentos de custo menor dos defensores deste padrão europeu com carruagem de 2,9 m e bitola de 1,43 m.
Já estamos em 2016, e novamente é adiado o início da expansão da linha 2-Verde do metrô até Guarulhos, e a Linha 2-Verde do metrô não deve ter sua extensão concluída até 2020 se os atrasos persistirem.
O governo Geraldo Alckmin adiou por um ano o início da expansão da linha 2-Verde do Metrô, de Vila Prudente, na zona Leste de São Paulo, até Guarulhos, na região metropolitana.
O motivo alegado é a falta de verbas. A gestão culpa o Governo Federal por atrasos nos repasses da União. Parte do financiamento da expansão da linha 2-Verde deve vir do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
O início das obras tem tido atraso desde setembro de 2014 e a promessa inicial era de conclusão em 2020. Foram assinados contratos de obras com oito consórcios, cada um responsável por um trecho de intervenção.
O governo do estado já tem as licenças ambientais para o prolongamento da linha. Seriam 12,5 km com 12 novas estações, uma nova conexão com a estação Vila Prudente – hoje um dos extremos da linha, e a construção de um pátio de manobras de manutenção para os trens que a linha receberia.
De qualquer forma esta é uma opção melhor do que utilizar as linhas 13 Jade ou 12-Safira congestionadas da CPTM ou os imprevisíveis Monotrilhos.
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